Um dos mais expressivos exemplares dos engenhos centrais brasileiros, o de Pindaré-Mirim foi inaugurado na década de 1880 e é um exemplar arquitetônico açucareiro do século XIX, testemunho de um ciclo histórico na evolução da sociedade e economia brasileira, em especial no processo econômico agroindustrial do Estado. Foi edificado no auge da produção açucareira maranhense, se tornando um propulsor do desenvolvimento tecnológico, pois, como implemento às suas atividades foi instalada a primeira ferrovia maranhense com extensão de 13 km, ligando o engenho central ao porto terminal dos canaviais, então conhecido por Santa Filomena. Em 1883, por iniciativa da empresa, os habitantes da região conheceram o sistema de iluminação elétrica, dando a Pindaré-Mirim a classificação de pioneira no Brasil. Após décadas em ruinas, o edifício foi restaurado e reinaugurado em 2018 abrigando um centro cultural com espaço museológico além de outros espaços como biblioteca, sala de cinema, salas de capacitação, memorial. Este suntuoso espaço realiza diversos eventos da região do Vale do Pindaré, recebe visitas guiadas, ocupações artistas e oferta diversos cursos e oficinas para a comunidade.
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