“É um espaço que pretende servir apenas como ferramenta, ele não é um espaço fechado em si (...). Se expande no território através dos rios, das nascentes, das reservas ambientais que nós ainda possuímos, eles sim são o grande patrimônio da nossa região e da nossa cidade” (Rodrigo Rangel). A ideia de transformar o antigo prédio que servia como escritório e balança da Usina de Açúcar de Tanguá no Ecomuseu Caceribú foi de Rodrigo Rangel, agente cultural e morador de Tanguá, após participar de reuniões da Rede de Museologia Social do Rio de Janeiro, em finais de 2013. A partir daí Rodrigo Rangel, que já havia mobilizado iniciativas de memória e patrimônio na região, foi “reconhecendo na comunidade, na minha cidade, na minha região, alguns elementos silenciados da história, de alguns patrimônios, como nesse que nós estamos agora, que vai se destinar a nossa iniciativa (...). E nesse espaço a gente pretende mobilizar a comunidade pra que possa fazer daqui um espaço de trocas, um espaço de construção de memórias coletivas, de reconhecimento de sua própria memória, através de projetos, sobretudo no campo audiovisual, pra que exista a possibilidade de capacitar jovens na prática do audiovisual (...). Principalmente e, sobretudo, pessoas comuns, pessoas da comunidade que tem suas memórias, seus saberes, seus fazeres... Pra que possa, a partir daí construir um acervo (...). Um acervo que possa dar conta de uma narrativa histórica local, que sempre privilegiou os mais poderosos” (Rodrigo Rangel).